A advogada e influenciadora Deolane Bezerra passou por audiência de custódia nesta quarta-feira (11/9) e continuará detida, em um presídio superlotado, no agreste pernambucano.

Por se tratar de um caso de repercussão, Deolane está em uma cela separada. A juíza Andréa Calado da Cruz, responsável pela decisão, enfatizou que a influenciadora não é uma pessoa comum, e a sua influência poderia obstruir o processo judicial.

Deolane foi levada ainda na noite de terça-feira (10), para a Colônia Penal Feminina de Buíque, a 280 quilômetros do Recife, ela teve a prisão domiciliar revogada por descumprimento das medidas cautelares determinadas pela Justiça. Assim como aconteceu na capital pernambucana, dezenas de fãs aguardavam em frente à penitenciária.

A unidade prisional é conhecida pela superlotação. Com capacidade para 107 presas, o presídio hoje abriga 264 detentas, segundo Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco.

No mesmo presídio, estão algumas internas famosas. Desde 2014, Bruna Oliveira da Silva e Isabel Torreão Pires cumprem pena por terem participado da morte de três mulheres. Bruna, Isabel e também Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, que cumpre pena em um presídio em Itamaracá, ficaram conhecidos no país como os “canibais de Garanhuns”. Eles esquartejaram as vítimas e usaram partes dos corpos no preparo de salgados.

Deolane Bezerra foi presa no dia 4 deste mês por suspeita de integrar uma organização criminosa que usava empresas de apostas, as chamadas “bets”, para lavar dinheiro de jogos ilegais. A operação bloqueou mais de R$ 2 bilhões.

A defesa da advogada nega que ela tenha qualquer participação. A mãe de Deolane, Solange Bezerra, também alvo da operação, continua presa na Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no Recife