Pode parecer enredo de um filme de Hollywood, mas a história de Élio Camilo é puramente real e teve um desfecho significativo na Bahia. Na última terça-feira, 27, em Ubaitaba, uma cidade no sul da Bahia, Élio Camilo foi preso, revelando um passado marcado por homicídios e estelionato.

Camilo, que havia se estabelecido na cidade sob a identidade falsa de Geraldo Dantas Silva, era pai de dois filhos e atuava como diretor do Colégio Estadual Octacílio Manoel Gomes. Apesar de sua vida aparentemente exemplar e sua presença na comunidade por 13 anos, o homem de 56 anos escondia um passado criminoso. Procurado pelas autoridades de Minas Gerais desde 2009, ele era acusado de dois homicídios cometidos há cerca de 30 anos. Como ex-policial militar, Camilo havia recebido uma “saidinha temporária” da prisão e desaparecido. Após a fuga, ele se deslocou para Vilhena, em Rondônia, onde também foi acusado de estelionato.

Em Ubaitaba, Camilo assumiu a nova identidade de Geraldo Dantas Silva, passou em um concurso público e construiu uma nova vida, casando-se e formando uma família. Sua esposa desconhecia completamente o passado criminoso do marido, até que a polícia, com mandados de prisão preventiva e acusações de uso de documentos falsos, chegou à sua residência.

Durante sua detenção, Élio Camilo revelou que sempre soube que seu passado poderia um dia ser descoberto. Agora, seu novo destino é o Conjunto Penal de Itabuna. A operação que levou à sua captura foi um esforço coordenado entre as polícias civis da Bahia e de Minas Gerais, contando com o suporte do Setor de Inteligência da Coordenadoria de Operações Estratégicas (COE) da Polícia Civil de Minas Gerais e da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus).

Em resposta à sua prisão, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) informou que o servidor foi imediatamente exonerado de seu cargo.

por Jonadas Sampaio