A Mãe Iara D’Oxum, responsável pelo terreiro Ilê Tomin, em Cajazeiras XI, contou ao que foi ao salão Master, localizado no shopping Salvador Norte, em São Cristóvão, na tarde da última sexta-feira (24), fazer as unhas e foi vítima de intolerância religiosa.

Ela disse que ao chegar no estabelecimento, uma funcionária afirmou que não iria realizar o atendimento por se tratar de uma pessoa do candomblé. Assustada com a reação dela, a mãe de santo acionou a central de polícia através do 190 e uma guarnição da 49ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) apareceu, mas não conduziu a funcionária da loja para a Delegacia.

“Essa atitude dos policiais militares foi horrível. Era pra ter conduzido a funcionária até a delegacia, eu fui vítima de intolerância religiosa e não tive o atendimento esperado”, desabafou Mãe Iara.

Em seguida, ela foi à 12ª Delegacia Territorial (DT), em Itapuã, e a queixa foi registrada. Neste sábado (25), filhos de santo fizeram uma grande manifestação na porta do salão para chamar a atenção e pedir uma resposta da polícia.

O Delegado Ricardo Amorim, coordenador de ações do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV), informou à Mãe Iara que na próxima segunda-feira (27) irá atendê-la e iniciar o procedimento para apurar os fatos.