Kombi apreendida de trabalhador apresentava diversas irregularidades, afirma Transalvador
A repercussão de um vídeo que mostra a Kombi de um homem sendo apreendida por agentes da Transalvador, no bairro de Santa Mônica, na capital baiana, quarta-feira (9), acabou comovendo muita gente nas redes sociais. Nas imagens, Ademilton Lima, de 52 anos, grita para impedir que seu “ganha pão” seja apreendido. De acordo com o órgão, porém, o veículo apresenta diversas irregularidades.
Conforme o registro, a Kombi, visivelmente velha e com pintura arranhada, é empurrada pelos agentes até o guincho, enquanto o proprietário relata a sua vida numa tentativa frustrada de sensibilizar aqueles servidores.
“É um crime pegar um trabalhador que acorda às quatro horas para rodar na feira. Tanto assalto, tanto roubo, tanta morte, e ninguém corre atrás, vem atrás de cidadão. Isso é um crime. O carro com cinto, ‘pneus bom’, carro em dias. Tem necessidade ‘dos caras’ fazer isso? Tem necessidade, rapaz? Pelo amor de Deus, não pode existir isso, não. Isso é uma agressão ao ser humano, isso é meu ganha pão”, esbraveja o homem.
“Eu nunca entrei numa delegacia, nem para dar queixa de ninguém, quanto mais por uma coisa errada. Isso é uma agressão. Eu acordo quatro horas, eu tô desempregado (…) e vão levar meu ganha o meu pão. Meu Deus, meu pai, eu não sei o que eu vou fazer, meu Deus. Eu tenho 52 anos, eu não arranjo emprego. Eu não fiz nada, eu só fiz encostar ali ‘pra’ consertar o carro, não deixe levar, não. Não deixe levar, não”, implora o trabalhador.
A Transalvador informou que a situação aconteceu durante uma fiscalização de rotina no bairro da Santa Mônica na quarta-feira (9). Os agentes responsáveis pela ação pediram para que o condutor parasse após verificar que o veículo estava sem a placa dianteira, além de apresentar outras irregularidades.
“Além da falta da placa, o veículo estava com licenciamento vencido, para-brisa danificado e em mau estado de conservação. Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), diante dessas infrações, os agentes devem aplicar as multas e efetuar a remoção para posterior regularização”, disse o órgão.